Despenteada em gritos roucos, rasgou sua roupa e na desdita sina de ser sombra que escorria dos muros,entrou nos bares à procura dos boêmios.
O aroma de tristeza pairava no ar em perpétuo luto.Riu de forma escandalosa e ninguém ouviu ou sentiu sua presença.
Cantou sua música preferida,cantou,dançou riu e chorou.
Saiu fazendo reverência para a plateia muda e de repente na porta,um sorriso flutua na sombra de um rosto.Ele a viu e acalentando seus dissabores,amores, dores e solidão dedicou seu mais belo poema para a deusa louca de nome...Poesia.
Marcia Portella_Go
Imagem_Ewa Hauton