Na noite em que
nossas vozes calaram,
uma nuvem árida velava a lua;
mão de sombra....
que encobriu nosso rosto...
A música tornou-se...
uma valsa negra...
O ar parou,tudo ficou vazio,
sem emoção,
ou evocação do passado...
Não vieram pensamentos amargos
enquanto vagávamos
em passos lentos,
entre os braços da insônia;
tentando reter...
um pouco..do que foi..
O frio subia por nossa pele como
fios de seda entrelaçados....
...invadindo..vasculhando...
procurando... em vão...
No fim..passos abafados..
evaporando....
como o orvalho..que pingava
dos olhos....
Da madrugada....
Marcia Portella
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