Sei...já não há tempo...
De ouvir a voz do vento.
Das palavras caladas.
De lembrar do ontem
e sonhar com o amanhã.
De estancar a seiva dos
galhos podados que já
não brotam, no cio árido
das sementes secas sem
noites de orvalho...
De esticar o fio que segura
o pêndulo levando momentos
em apelos mudos...
Ha se pudesse!...cinzelava
o amor nas chamas para
que ao escurecer trouxesse
a magia da eternidade mas...
o amor entra...me olha
encosta em mim...me engana
e leva-me a dançar...
Nos braços do silêncio.
Marcia Portella_Go