Partiu sem tempo de dizer adeus.
Calada,com o sal ardendo em minha
boca selada,criei a fantasia da despedida
ciciando poemas que não foram
poetizados, sentindo minha paisagem
interna esmaecida sem saber se está
em mim ou foi contigo...
Quem sabe lentamente já esteja morta,
sem entender,sem saber onde colocar
os olhos,as mãos, por onde andar, ou então
esteja na ponta do meu olhar o que não
ousei ver,falar e sentir...
Nada mais importa se tudo agora soa
falso,se me alastro em busca de um gemido
saído das sombras,de um brilho
num olhar agora...opaco.
Quem sabe ainda escute seus passos
trazendo a melodia final no compasso
descompassado da dor...
Marcia Portella
Foto_Web
Toda partida machuca, nos fere de um jeito o u de outro mesmo quando é em concordância com promessas de retorno, mas quando é um súbito desaparecimento, por mais que se seja positivo e forte nosso ser finda por sucumbir ao desgosto e vive-se o momento do luto, um alma enlutada, como quem de quarentena, a espera do recobro, de que possa as feridas serem cicatrizadas mesmo que levemente e uma amenização para as dores e só assim retornar para a aparente normalidade.
ResponderExcluirGrata Marcia minha gentil poetisa, por ter partilhado mais um pedacinho do seu coração. Lê o que se vai no seu interior sempre me comove.Bisosus
Partiu, Marcia. Tem volta?
ResponderExcluirBjs
É sempre um prazer te ler.
ResponderExcluirEmoção, a cada verso.
Bjss, no coração.
Lindo seus poemas.
ResponderExcluirBjs.
Luzia
Como siempre, con la exquicitez de tus versos- Saludos amiga
ResponderExcluir