O vinho não foi bento,a palavra
não confessou,a nave da capela
ficou fria...
O livro não foi lido,cânticos de
de louvor,ecoaram sem sentido.
O cálice suspenso entre mãos,
tingiu a bata branca onde a cólera
controla o fogo sagrado, na pira
funerária que consome a fúria.
Rosários desfiam entre dedos feridos.
Em clausura secam corpos fecundos
em eterna prisão.
Nos outeiros em gritos vermelhos,
crescem flores.
O missal contempla bênçãos solenes-
nos joelhos feridos,constante oração.
Tortura no confessionário onde
ecoam gemidos...
Pecadora confessa,espera punição.
Ungiu em óleo seu corpo em chamas,
Adormeceu ébria nos braços de Baco-
Roga absolvição...
Marcia Portella_Go
Imagem_Web
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