Saí do prumo em lamentações furiosas.
Invadi sentidos
Destruí vidas
Parei o vento
Cerquei o tempo
Invadi o silêncio
calei o mar
Amedrontei Zeus
Acendi vulcões
Fiz pacto com as sombras
...Matei a morte
Cessei o canto,cortei asas
Escureci olhos
Derramei veneno
Cerrei as portas do templo
Gritei em tormentos
Escutei o vento gemeu
A noite cair.
Derramei água santa
Rasguei minhas vestes,fiquei nua
...Na nave fria pedi clemência
Madona cobriu-me com se manto
Tornei-me a porta do sonho
Concha infinita devoradora
plena de morte e vida
incrustada em luz
Na escuridão...
Marcia Portella
(10/07/2010)
Imagem_Brenda Zhang
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